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Onde Tudo Começa ...

Atualizado: 25 de ago.

(Texto- Dra. Elaine Missiano, incluído no e-book "Diálogos da Adoção" lançado pela Ong GAAAbraço de Família)


Onde tudo começa ....

Onde tudo começa¿ No desejo¿ No sentimento¿ Na vontade¿ Na idéia¿ No medo¿ Na necessidade de salvar relacionamento¿ Na moda¿ Na competição¿

Pode começar por vários lados, por vários e muitos motivos, por sentimentos diferentes e iguais, por confusão ou lucidez... O que importa é que começa.... e quando começa e se desenvolve, amadurece, sozinho (a) ou acompanhado (a), autorizado ou não por nós, sociedade.

Semelhante em algumas de suas etapas com a gestação biológica, o processo para a adoção de crianças e adolescentes, é uma gestação emocional e inicia-se também pelo tentar “engravidar”. Neste caso, buscando pelo início burocrático e taaaantas vezes parece infindavelmente demorado.

Por outro lado, no adotar muitas vezes é possível a “escolha” de várias características da criança ou adolescente. Desde faixa etária, sexo, único(a) filho(a) ou com irmãos (caso a criança ou adolescente os tenha), saudável ou com algum tipo de necessidade especial.

Diferente da gravidez biológica, que pode prever data para engravidar e nascer, a gravidez emocional, não permite tais previsões.

Como semelhanças entre as duas gestações, ambas, são oportunidades para a gestação emocional. Anseios humanos, maternos, paternos, filial, ansiedades, expectativas, sonhos, medos, receios, inseguranças, certezas e dúvidas.

Em ambas as gestações, é necessário um grau maior de compromisso e responsabilidade. Além de responsabilidades físicas e financeiras, existem as responsabilidades com o educar, o formar a criança e o adolescente.

Essa responsabilidade e compromisso, deve começar antes da decisão de engravidar, seja biológica ou adoção.

Na gestação biológica, muitas vezes existe o abandono da criança ou a doação para adoção, por várias razões, sejam psicológicas ou sociais. Na adoção, existem as devoluções das crianças e adolescentes por “incompatibilidade”, nome que comumente é equivocadamente dado a falta de paciência, tolerância dos adotantes, em relação à falta de reciprocidade da criança e adolescente adotada frente às suas idealizações, durante o período que se predispõe a tais sentimentos, adaptação.

No período de adaptação ambas as partes, adotantes e adotados estão, de forma, especialmente inconsciente, confrontando suas expectativas com a realidade colocada às suas frentes. Nesse caso, ambas as partes carregam histórias diferentes, onde a criança e o adolescente trazem consigo um universo de dores, frustrações, sentimento de rejeição, vivências expressas de rejeições, em repetidas devoluções.

É um momento de necessária paciência e tolerância, em especial dos adotantes. Paciência e tolerância, responsabilidade e compromisso diante de suas escolhas. Paciência e tolerância que não se traduzem em passividade, mas ao contrário, mas em acolhimento físico e emocional da criança. Momento extremamente importante de cultivar o amor, em sua definição enquanto limites e possibilidades. Diante do “não” necessário, mostrar o “sim”. Impor-se da melhor forma possível. Mostrar à criança e adolescente quem é autoridade em casa. Cada membro e cada papel desempenado (pai, mãe, irmão....), inclusive o lugar dela, também com suas reponsabilidade e compromissos. Lembrando que em ser adotado (a), está sendo apresentado um universo muito diferente à criança e adolescente. Tão almejado, mas que por esse motivo, também tão temido!

O autoconhecimento é muito importante desde o início até o final desse processo (e não se sabe ao certo onde fica o final). Importante conhecer seus motivos inconscientes e consciente para a adoção e sua preferência de escolha, para se evitar equívocos desnecessários e, então dores, marcas profundas e “buracos” emocionais nas crianças e adolescente.

Os adotantes também trazem suas histórias de dores e expectativas outras, mas também possibilidades outras de ressignificação, o que para a criança e adolescente, na imensa maioria das vezes, muitas vezes bem mais difícil.

 

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