Filme: "Coração de Tinta", Uma Visão Psicológica de Alguns Elementos
- Elaine Missiano
- 18 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Este texto eu começo te perguntando, leitor e leitora, como você cuida do que peço sua licença para chamar de Dom.
No filme Coração de Tinta, o protagonista tem a capacidade (Dom) de, quando lê em voz alta, materializar os personagens do livro, trazendo-os ao mundo real
Considerando esse conteúdo, abordarei, neste texto, alguns aspectos, sob um olhar psicológico, embora também mereça um olhar neuropsicológico, o que ficará para outra oportunidade, caso de nosso interesse, você leitor e leitora e eu.
Bem, o filme cita claramente, dentro do Dom do protagonista, o poder da imaginação, do desejo e da palavra falada e escrita.
A imaginação, segundo o psiquiatras e analistas C.G.Jung e Carlos Byington, é o recurso psicológico mais forte e importante que o ser humano possui. É ela, nossa imaginação, que nos leva e nos traz, em milésimos de segundos de qualquer lugar para qualquer outro lugar. Ao ler um livro, mesmo em voz baixa, ao ouvir uma música, ao conversar com alguém. Ela, imaginação não pára! Ela não depende, em absoluto de nós. Podemos controlá-la por um espaço curto de tempo ou intensidade ou ainda horário e lugar. Exclusiva, ou seja cada um tem a sua e depende apenas do conteúdo da nossa alma (valores, princípios, desejos, necessidades e outros).
O pensamento pode pensar a imaginação. O pensamento depende diretamente de nosso conteúdo, valores, princípios conscientes e inconscientes. A imaginação não depende do pensar.. Neste momento em que escrevo este texto, estou imaginando e pensando. Então a palavra está sendo pensada.
Quanto a palavra falada ou verbalizada, sabemos, tem seu poder. Podemos ajudar a construir ou a destruir também usando a palavra. Dizemos que uma vez dita, não poderá ser "apagada". Quando escrita manual ou digitada e eu reforçaria a manual, parece ter o poder de materializar nossos pensamentos, desejos, imaginação, sentimentos, experiências, enfim tudo ou quase tudo.
Cada um de nós tem, pelo menos um Dom, que pode estar relacionado com um ou todos estes elementos..
Voltando ao filme, de forma, talvez, delicada, pode-se observar esta pergunta: Como podemos cuidar desse Dom?
Eu poderia dizer que cuidar dos nossos pensamentos, do nosso pensar, dos nossos desejos não é tarefa fácil ou rápida. Sei que muitos oferecem essa possibilidade a curto tempo e eu afirmo que esta é uma tarefa para uma vida inteira. É aprendendo sobre nós, conosco e com as nossas relações e com a nossa vida.. Difícil? Nem sempre fácil. Trabalhoso? Sim, como toda relação.
Á vêzes não sabemos de aconteceu porque pensamos, desejamos ou se pensamos porque aconteceu. Não sabemos se foi por sincronicidade..... Acredito que nem sempre saberemos a resposta, mas é importante reconhecermos que Dom, nem sempre ou nunca nós controlamos, mas me parece importante conhecê-lo, a nós e aprendemos a conviver conosco e com ele, Dom
Grata,
.
Comentários