Relacionamento Abusivo
- Dra Elaine de C M Missiano - Psicóloga com
- 25 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Minha família já dizia:
“....esta pessoa está se aproveitando de você....”
Segundo Sigmund Freud, o relacionamento abusivo dá-se entre uma pessoa com aspectos sádicos e uma pessoa com aspectos masoquistas....
Bem, mas por enquanto, vamos tentar definir um pouco o que
seria um Relacionamento Abusivo, sem considerar aspectos patológicos (doentios) da relação.....
Percebo que nossa sociedade com necessidade de colocar nomes, o que fecha idéias e diagnósticos, não permitindo uma compreensão maior do seres viventes nesse planeta....
Então.... convido você, leitor, a ampliar esta idéia ou conceito, para alguma situação sem um nome específico e, em um primeiro momento, sem considera-lo doentio.
Oras, qualquer coisa abusiva, coloca-se, em princípio, como exagerado, demais, excessivo, a maior ou a menor..... Isso significa que “pende”, indevidamente\inadequadamente, mais para um lado do que para o outro
Nos relacionamentos, seja conosco mesmo ou com o outro (animal, trabalho, lazer, filhos, irmãos, parentes, família, objetos, vícios, ....), significa que, em um primeiro olhar, um dos lados coloca-se aberto, disponível, disposto e outro lado aproveita-se disso para ir além, em proveito próprio (fazemos isso conosco, tb!).
Muito bem, nesse caso alguém está abusando da possibilidade de outro alguém!
O abuso significa que algo ou alguém está indo além do permitido. Além do autorizado.
Os instrumentos mais frequentemente utilizados pelo "abusador" são a chantagem emocional, ameaça ou o abuso do poder
Se esse fato acontece, um lado está abusando, porém o outro está sendo abusado, talvez por que não está impondo-se, ou o suficiente.
“....... está deixando!”
A imposição está em um leque de opções e formas, que pode ser considerado desde um leve e simples “não” até algo mais firme... tudo depende dos envolvidos e\ou da situação.
A isso também é dado o nome de “Abuso de Poder”, quando confundimos as permissões e\ou situações e tentamos ou realmente vamos além dela.
É essencial sabermos nossos lugares no mundo, nas nossas vidas e na vida das pessoas.
Desta forma reconhecer o lugar do outro, mesmo que este outro não reconheça-o.
Sugestão de livro:
“Alguém mexeu no meu queijo”- Spencer Johnson
Sugestão de filme:
“Eu, eu mesmo e Irene”
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