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Cerejeiras em Flor (Uma Interpretação Psicológica)

Cerejeiras em Flor é um filme que fala sobre um casal, casados há aparentemente 30 anos onde ela, a esposa sabe, através dos médicos, que seu marido está sofrendo de uma doença terminal e ela precisa decidir se vai contar a ele ou não. O médico sugere que eles façam algo juntos, como realizar um velho sonho. A esposa opta por fazer uma viagem ao Japão, onde ela há muito tempo gostaria de ir, mas primeiramente convence, com esforços razoáveis, ao marido a visitar seus filhos e netos em Berlim.

Ao chegar na cidade, o casal percebe que os filhos estão tão ocupados com suas próprias vidas que não têm tempo para sair com eles. O casal percebe a falta de espaço que eles tem, na vida de seus filhos e, sentindo-se rejeitados, a esposa, novamente com esforços, convence o marido a fazer uma segunda viagem.

Nessa segunda viagem ela morre repentinamente. O marido fica devastado, desestruturado emocionalmente, "sem chão".

Através do contato com a amiga de sua filha, o marido compreende que o amor da esposa por ele havia feito com que ela deixasse de lado a vida que queria viver.

Ele começa a vê-la e a vida, com outros olhos e embarca em jornada, para o Japão, na época do festival das cerejeiras, uma celebração da beleza, da impermanência e de um novo começo.

No filme "Cerejeiras em Flor", observo a beleza e profundidade de alguns temas abordados. Pude perceber também imagens de uma beleza indescritível..

Para esse olhar psicológico que convido a você, leitor, trago o tema que refere-se a dinâmica do casal..

Observo um marido o tempo todo mal humorado, seco, pessimista, negativo de pouco ou nenhuma disponibilidade para qualquer diálogo e que mostra desprezo em seus silêncios por qualquer idéia, assunto ou convite a vida, que sua esposa faça. A tudo e qualquer coisa responde com este desprezo. Uma dificuldade imensa de acessar ou receber o amor. A mesma dificuldade para perceber o amor dentro de sí e expressá-lo. Talvez como forma de viver o amor, através da arrogância e do egoísmo.

Por outro lado, o filme mostra uma esposa, positiva, alto astral, com tentativas e esforços inúmeros de melhorar o humor do marido, obter sua atenção às menores e/ou maiores, as mais e as menos importantes coisas da vida, mesmo que a resposta seja conhecida (silêncio, mostrando indiferença ou um "não" verbalizado).

O tempo todo o marido se alimenta da força, alegria, vontade e prazer de viver de sua esposa e o despreza.

Um dia ela morre repentinamente e então......., todo o esfoooorço realizado por sua esposa "surte" "efeito"......

Será que precisamos perder para valorizarmos?

Sim, infelizmente as vezes sim....., mas podemos aprender

Sugiro:

Música "Epitáfio"- Titãs

Texto: "Mude" - Clarice Lispector

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