Patinho Feio, a fábula: Uma Interpretação Psicológica
- Dra Elaine de C M Missiano - Psicóloga com
- 29 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Pelo que pude observar nas últimas semanas, em meu consultório, embora faça parte de um tema central, nem todos conhecem ou lembram muito bem da estória do Patinho Feio. Inúmeras distorções desta fábula, indicam atos-falhos, o que para Freud, Jung e tantos outros, apontam para um entendimento também distorcido de sí mesmo....então vamos lembrar rapidamente da estória do Patinho Feio.
A estória conta que uma pata teria chocado alguns ovos, que em seu entender seriam todos seus. A cada ovo que se abria surgia um patinho. Em um determinado momento, um dos ovos demora mais a quebrar sua casca e enfim...... surge um patinho muito diferente. A estória conta que surge um "patinho feio".
Muito bem, esse patinho feio carrega o estigma de ser feio, bem mais feio que os seus irmãos patinhos. Também sua voz muito diferente! feia! Todos brincam, zoam e o discriminam negativamente.
O patinho feio sofre muito com toda a consequência de ele ser tãaao diferente e feio!
Um dia, o patinho feio estava já crescido e desanimado a beira de um lago, quando ouve um barulho como o seu! Os sons muito parecidos! Quando o patinho feio avista, vê que são também muito parecidos! E são cisnes! Então percebe que ele é um lindo cisne, que encontra seus semelhantes!
Bem, eu não gostaria de discutir entre o pato ser feio ou o cisne ser mais belo, mas quanto ao nosso lugar no mundo, seja este lugar físico ou emocional......!
Todos temos esse lugar. Precisamos nos dedicar a encontrá-lo, dentro e fora de nós! Ser o diferente, mesmo se "ovelha negra da família" exige coragem de ser si mesmo, que costuma não seguir um padrão e consequentemente denuncia o que está "torto" ou "escondido".....,
Não precisamos ser diferentes para fazermos novos grupos ou "panelinhas", mas para apontar um caminho diferente e, que este caminho seja para MELHOR!!!
Importante conhecer nossas semelhanças e nossas diferenças. E que possamos reconhecê-las como nossas e não excluí-las!
Como diz Caetano Veloso, em muitas vozes, "........cada um sabe a dor e a delícia de ser quem é" - música: Dom de Iludir.
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