Um Divã para dois - Uma Interpretação Psicológica
- Dra Elaine de C M Missiano - Psicóloga com
- 8 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
O filme "Um divã para dois" é um dos filmes que costumo indicar aos meus pacientes. Os casais que atendo costumam se beneficiar muito, em psicoterapia de casal e em suas vida, quando assistem a este filme; As pacientes indico que procurem vê-lo ao lado de seus maridos. e aviso: Os homens costumar sentir-se angustiados com este filme. Por que será??? Vamos tentar responder a esta pergunta?
O filme “Um Divã para dois”, fala de um casal, protagonista, da meia idade, com cerca de 30 anos de casamento, filhos crescidos e casados, que percebem-se, cada um a
sua maneira e condição, insatisfeitos com a rotina de seu casamento.
Nesta dinâmica pode-se observar características psicológicas individuais e conjugais, as quais convido a você, leitor, para conversar sobre algumas delas.
Começo com o aspecto da coragem encontrado na personagem principal, consigo
mesma, suas insatisfações pessoais, conjugais e seus anseios. Ela opta pela vida
que existe dentro dela e por tentar resgatar seu casamento, que já parecia ter
“morrido”.
Por outro lado, seu marido, o protagonista, mostra sua desistência da “vida”. Considera
mais fácil acomodar-se em seu seus medos e morrer em vida! Defende-se de
seus medos, com seu orgulho e cede ao seu egoísmo, a seu orgulho, a seu
lado sombrio.
Uma vez que seu casamento estivesse sendo engolido pela rotina pré-concebida de um
casamento desta idade, em seus aspectos da falta de convivência, de
comunicação, de diálogo, de companheirismo, de presença física e emocional e
da sexualidade, ao contrário de desistir e “Morrer” junto, ela, de forma corajosa e
confiante, resolve enfrentar seus medos e ss inseguranças e aceitar o desafio de
tentar reconquistar o que estaria fadado a morrer. A protagonista luta para salvar-
se e ao seu casamento. Procura por ajuda profissional!
Mostrando com total nitidez a resistência masculina em aceitar qualquer tipo de ajuda
(desde pedir informação, orientação, até socorro, o protagonista resiste o tempo
todo, a cada passo que sua esposa dá para resolver o problema do casal. O
protagonista nega contundentemente a existência de qualquer problema entre o
casal e argumenta que “casamento é assim mesmo!”
A protagonista acredita que “casamento NÃO precisa ser assim mesmo” e segue
obstinada, inclusive mostrando como última, mas existente alternativa do divórcio.
O protagonista, estando de frente com a confiança e determinação absolutas e a
alternativa do divórcio que sua esposa determinadamente oferece, enquanto
opção, começa a mostrar lentamente (bem lentamente) reação positiva.
Durante o processo terapêutico ambos encaram suas dificuldades, medos, confianças,
erros e em um trabalho psicológico árduo reencontram-se, ainda em tempo de
corrigir coisas, limpar a relação e trabalharem por suas felicidades individuais e
conjugal.
Interessante notar que é muito importante não desistir dos nossos sonhos ou dos nossos
amores, entretanto, não a qualquer preço.
Nesse filme a protagonista escolheu viver relações saudáveis e prazerosas, lutou por
reconsquistá-la e foi bem sucedida. Entretanto, lutar pela felicidade, por vezes significa abrir mão do que se gostaria que fosse de outro jeito.....!
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