A reestruturação do estereótipo feminino
- Elaine Missiano
- 7 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Nas antigas sociedades, a mulher tinha o papel de dona de casa e, qual é? Todas nós sabemos que ele, como obrigação, não faz mais o menor sentido, embora essa visão tenha atravessado gerações e se faça presente em pleno século XXI. Se bem que, agora, com os muitos direitos conquistados pelo sexo feminino ao longo dos anos, nós conseguimos nos impor e contrariar essa ideia conservadora. Paralelamente à luta pela desconstrução do preconceito em torno das mulheres, pregando a ideia de mulher do passado, surgiu a Escola de Princesas.
A Escola de Princesas foi criada em Minas Gerais com o intuito de prover às meninas regras de etiqueta, comportamento e beleza. É para transformar as jovens mulheres entre 4 e 15 anos nas clássicas princesas da Disney. Para que você possa ver como é contraditório, um filme da própria Disney chamado “O diário da princesa” desconstruiu o estereótipo que fora crido por essa empresa anos antes. Tal filme mostra a história de uma garota que se vê obrigada a aprender regras de etiqueta e se casar a fim de poder ser algo além do que era, como o feito pelas sociedades antigas e o proposto pela escola em questão.
Segundo o concluído pela antropóloga Michele Escoura, para as crianças uma mulher feliz é casada, tem dinheiro e se encaixa em um padrão de beleza. Em tentativa de proporcionar igualdade entre os gêneros feminino e masculino e de destruir a figura criada em torno da mulher, foi fundada, no Chile, uma oficina de “desprincesamento” para garotas. Lá elas aprendem a ter empoderamento e convicção de que elas são capazes de mudar o mundo sem um homem ao seu lado.
Em suma, a escola de princesas ensina a submissão, seja a padrões de beleza, seja ao homem. Dessa forma, tal instituição de ensino apresenta para as mulheres a regressão dos direitos conquistados por elas. Ademais, essa escola favorece o crescimento do estereótipo feminino que foi praticamente destruído nos últimos anos e, consequentemente, faz com que a confiança das garotas de que elas têm os mesmos direitos que os homens desapareça.
Dra Elaine de cassia Moraes Missiano
Psicóloga com Especialização em
Neuropsicologia, HC
(Texto escrito por Marília)
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